O USO DAS ERVAS NA UMBANDA
Porque as ervas estão presentes em todas as
religiões, dentro de todos os rituais religiosos, desde sempre. E a Umbanda é a
religião da natureza. As ervas são organismos vivos. Há uma vida espiritual
contida em cada erva.
Dos elementos da natureza, o mais parecido
com o da natureza humana é o vegetal, pois ele nasce, cresce se reproduz e
morre. Esse espírito vivo possui características energéticas definidas pela
vibração passada aos organismos à sua volta. Essa vibração magnética é
polarizada, ou seja, pode ser positiva ou negativa. Então, uma erva é atribuída
a um Orixá por analogia vibratória. Energia que está presente na vibração do
Orixá com a energia que está presente na vibração da erva.
Para o uso correto de uma erva, é necessário
saber: o nome da erva e o verbo atuante. **Verbo é o poder realizador divino, é
o poder de transformação, consequentemente é magia. O que movimenta ou ativa o
poder realizador é o propósito, a intenção.
Uma mesma erva pode proporcionar mais de um
poder realizador. Como exemplo a hortelã, que é antigripal, vermífugo,
estimulante, refrescante, etc.
Uma mesma erva pode ser atribuída a vários
Orixás. Não pela sua cor, seu formato ou seu visual, e sim pela vibração.
Afinal, os Orixás estão ligados entre si.
Pode-se usar ervas frescas ou seca. A erva
fresca carrega em si a imanescência divina, o fator vegetal e o fator aquático.
A erva seca carrega todos os fatores anteriores e mais ainda o fator
concentrador, pois sofre o processo de desidratação. Qual é a melhor?
A melhor é aquela indicada pelo seu guia ou
protetor, de acordo com a necessidade. Ou ainda, nos dias corridos de hoje, a
que está mais fácil de obter. Também sempre lembrar que a lua influencia na
quantidade de água na planta. Em luas cheia e crescente, haverá mais água nas
folhas, e em luas nova e minguante, nas raízes.
As ervas são classificadas como Quentes ou Agressivas
Mornas ou Equilibradoras e Frias ou Específicas. Isso não é uma classificação
de acordo com a temperatura da erva, e sim de acordo com seus fatores.
As ervas quentes ou agressivas, carregam o
poder de agredir estruturas energéticas negativas. Dissolvem larvas astrais,
miasmas e cascões energéticos. São muito usadas pelos Exus, pelo campo de ação
deles, pois atual na natureza humana, nas linhas de choque (demandas, magias
negativas, projeções mentais, etc.). Seus verbos mais utilizados são: limpar,
consumir, purificar, dissolver, descarregar.
Exemplos mais comuns de ervas quentes: cacto,
urtiga, arruda, guiné, comigo-ninguém-pode.
As ervas mornas ou equilibradoras, carregam o
poder de equilibrar, tornar magneticamente receptivo, adequar o padrão
energético para não atrair o semelhante. Reconstitui a aura, que pode ter
sido ``esburacada´´ por cargas negativas. Seus verbos mais utilizados são:
equilibrar, manter, adequar, fluir, restaurar, energizar. Exemplos mais comuns
de ervas mornas: hortelã, elevante, sálvia, alfazema, alecrim.
As ervas frias ou específicas, tem o seu
poder de atuação depois de limpar e de equilibrar. São usadas para mediunidade,
para atrair bons fluidos, para prosperidade, para fitoterapia, etc.
Exemplos mais comuns de ervas frias são:
rosa, anis, jasmim, malva, café, louro, melissa, manjericão.
Observar que uma erva pode ser ao mesmo tempo
quente, morna e fria, pois carrega mais de um fator realizador. Os padrões
energéticos se complementam nunca se anulam. Então, por exemplo, pode-se
associar o uso de todas elas na preparação de um banho. Neste caso, volto a
frisar a palavra mágica intenção´, Sempre colocar intenção no uso de uma erva.
E esperar o merecimento...
Quando é falado em ervas, subentende-se toda
a planta: raiz, caule, folhas, frutos e sementes. Existem também as resinas,
que são a seiva vegetal endurecida extraída da casca das árvores, muito usadas
em defumações.
Sabendo de tudo isso, estaremos mais
qualificados para preparar nossos banhos.
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