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quinta-feira, 4 de abril de 2013

A RELIGIÃO NO BRASIL


Candomblé, Umbanda.

 Principais religiões afro-brasileiras, o candomblé e a umbanda têm forte penetração no país, especialmente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e na Bahia. Em 1991 havia 648,5 mil adeptos, de acordo com o censo. Estudiosos dessas religiões estimam hoje que quase um terço da população brasileira (perto de 50 milhões) frequenta um centro. Esse número inclui tanto os frequentadores assíduos quanto os esporádicos, que muitas vezes estão ligados também a outra religião.

 Candomblé - Religião afro-brasileira que cultua os orixás, deuses das nações africanas de língua ioruba dotados de sentimentos humanos, como ciúme e vaidade. O candomblé chegou ao Brasil entre os séculos XVI e XIX com o tráfico de escravos negros da África Ocidental. Sofreu grande repressão dos colonizadores portugueses, que o consideravam feitiçaria. Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos, no chamado sincretismo religioso. Por exemplo, Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição; Iansã a Santa Bárbara.
As cerimônias ocorrem em templos chamados terreiros; sua preparação é fechada e envolve muitas vezes o sacrifício de pequenos animais. São celebradas em língua africana e marcadas por cantos e ritmo dos atabaques (tambores), que variam segundo o orixá homenageado. No Brasil, a religião cultua apenas 16 dos mais de 200 orixás existentes na África Ocidental.

 Umbanda - Religião brasileira nascida no Rio de Janeiro, nos anos 20, da mistura de crenças e rituais africanos e europeus. As raízes umbandistas encontram-se em duas religiões trazidas da África pelos escravos: a cabula, dos bantos, e o candomblé, da nação nagô. A umbanda considera o universo povoado de entidades espirituais, os guias, que entram em contato com os homens por intermédio de um iniciado (o médium), que os incorpora. Tais guias se apresentam por meio de figuras como o caboclo, o preto-velho e a pomba-gira. Os elementos africanos misturam-se ao catolicismo criando a identificação de orixás com santos. Outra influência é o espiritismo kardecista, que acredita na possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução espiritual a partir de sucessivas vidas na Terra. Incorpora ainda ritos indígenas e práticas mágicas européias. nda

 

Origem, Organização e rituais.

 Religião brasileira que nasce no Rio de Janeiro, nos anos 20, da mistura de religiões africanas e europeias. A umbanda considera que o Universo é povoado de guias espirituais. Estes entram em contato com os homens por intermédio de um iniciado, chamado médium, que os incorpora. Tais guias se apresentam por meio de figuras como o caboclo, o preto-velho e a pomba-gira. Durante sessões, os guias concedem consultas aos fiéis individualmente, ouvindo seus pedidos, inquietações e problemas espirituais, emocionais ou sociais. Eles dão conselhos, realizam e recomendam ritos purificadores, de cura e de encaminhamento para as questões e pedidos feitos pelo fiel.

 Origem - A umbanda tem suas raízes em duas religiões trazidas da África pelos escravos: a cabula, dos bantos, e o candomblé, da nação nagô, do qual herda os orixás. Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, umbanda quer dizer magia na língua quimbundo, do grupo nagô. Os elementos africanos misturam-se ao catolicismo, criando a identificação de orixás com os santos. Outra influência é o espiritismo kardecista, que acredita na possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução espiritual a partir de sucessivas vidas na Terra. A umbanda incorpora do espiritismo a prática da mediunidade, elemento central de seus rituais. Inclui também ritos e traços das culturas indígenas brasileiras e africanas e práticas mágicas europeias.

 Organização e rituais - As principais autoridades são os pais ou mães-de-santo, que incorporam as entidades e presidem as sessões realizadas no terreiro (o templo). Abaixo deles estão os filhos ou filhos-de-santo, que também são médiuns, e seus auxiliares. As entidades umbandistas organizam-se em dois grupos, o da "direita" e o da "esquerda". O grupo da direita divide-se em sete linhas, presididas pelos orixás. Na esquerda há cinco linhas, presididas pelos exus, que agrupam guias considerados espíritos menos desenvolvidos, como as pombas-gira. As entidades da direita e da esquerda podem fazer "trabalhos" a pedido dos seres humanos. Os guias da direita só realizam trabalhos "bons"; os da esquerda podem ser invocados para fazer mal a outras pessoas. Entre as principais funções dos pais e mães-de-santo, quando no exercício de sua mediunidade e no atendimento aos fiéis, estão as de ser porta-vozes dos espíritos, encaminhar a cura ou minimizar doenças com o uso de remédios, desfazer malefícios e maus-olhados, fazer imposição das mãos sobre os fiéis (chamadas passes), fazer defumações e previsões de acontecimentos futuros.

 
Espiritismo no Brasil

 Chega ao Brasil em meados do século XIX, nos estados do Rio de Janeiro, do Ceará, de Pernambuco e da Bahia. Ganha impulso com a formação de grupos de estudo das obras do professor francês Allan Kardec, fundador da corrente espírita conhecida como Kardecismo. Como na época as obras espíritas ainda não estavam traduzidas para o português, os adeptos da nova religião pertenciam a classes sociais mais instruídas. Em 1884 é fundada a Federação Espírita Brasileira. Em 1991, o espiritismo reúne cerca de 1,6 milhão de adeptos em todo o país. Em 2000, a Federação Espírita indica um número de 8 milhões de adeptos e cerca de 9 mil centros.

 Espiritismo

 Doutrina baseada na crença da existência de um espírito (alma) que não necessita do corpo para existir e retorna à Terra em sucessivas encarnações, até atingir a perfeição. Sua principal corrente é o kardecismo, formulado, em 1857, no Livro dos Espíritos pelo professor francês Allan Kardec (1804-1869), pseudônimo de Denisard Léon Hippolyte Rivail.
O espiritismo considera o homem o único responsável por sua felicidade, pois tudo depende de seus atos. Prega o amor ao próximo como meio de chegar à maturidade espiritual (perfeição). Afirma que as reencarnações permitem a evolução gradativa do espírito para se redimir de erros passados e que todas as faltas podem ser reparadas. Como o corpo é apenas um instrumento para a volta à Terra, quando atinge a perfeição o espírito não precisa mais reencarnar.
Os espíritos interferem na vida terrena por meio dos médiuns, pessoas a quem recorrem para contar aos vivos como estão, fazer revelações e dar conselhos. A comunicação acontece pela psicografia (o médium escreve como se o próprio espírito escrevesse) ou pela incorporação (o espírito apodera-se do corpo do médium para falar aos vivos). Os espíritos superiores promovem o bem e os inferiores dão más orientações. Os praticantes do espiritismo reúnem-se em centros, que não possuem altares nem rituais.

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