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domingo, 3 de janeiro de 2016

MEDIUNIDADE, TIPOS DE MEDIUNIDADE, CONCENTRAÇÃO E INCORPORAÇÃO


MEDIUNIDADE
Mediunidade Natural é a mediunidade decorrente da conquista de valores morais e evolução espiritual, neste caso o médium é um missionário em meio aos homens e tem sempre como objetivo a pratica da caridade e a eliminação de seus defeitos.
Mediunidade de Prova é aquela em que os homens sob a misericórdia Divina passam a ter intercambio com os espíritos guias e dessa forma, passam a ressarcir seus débitos kármicos do passado. Esse é o tipo de mediunidade da esmagadora maioria dos médiuns, sejam eles umbandistas, kardecistas, seguidores do Candomblé ou ainda, de qualquer outra religião, tendo em vista que o fenômeno mediúnico existe em todas as religiões ou civilizações.

TIPOS DE MEDIUNIDADE

No início da atividade mediúnica, acontece de o médium ficar ansioso, querendo logo incorporar, para “se sentir médium”; ignorando talvez que existem outras formas de mediunidade, igualmente importantes, tais como:

a) A intuitiva ou de pressentimentos - na qual o médium sente ou recebe intuições de Guias Espirituais e Entidades, (sem vê-los e nem os ouvir, propriamente);

b) A sensitiva - na qual o médium “sente” a presença de espíritos ou de energias extrafísicas, (sem vê-los ou ouvi-los);

c) A auditiva - na qual o médium apenas ouve as mensagens dos espíritos ou das Entidades;

d) A da clarividência - na qual o médium vê os seres e/ou energias astrais do local onde está ou de um lugar no espaço distante dali ; ou visualizando “cenas do passado” ; ou ainda pela psicometria, (“vendo” cenas do passado ou captando energias do passado, ao tocar objetos, roupas, etc.);

e) A de desdobramento ou sonambúlica - Não confundir com sonambulismo, situação em que a pessoa adormece e fala, ela mesma, sobre o que está à sua volta. Porque no desdobramento o médium “se solta”, desprende-se parcialmente do corpo físico, acessa e descreve o que está vendo da realidade não-material, podendo receber e passar as mensagens que os espíritos ou Entidades vão ditando (exemplo raro: Chico Xavier psicografava numa reunião mediúnica em Minas Gerais. Em desdobramento, participou de uma reunião mediúnica extrafísica e lá também psicografou, transmitindo a mensagem de um filho desencarnado à mãe também desencarnada. Mãe e filho se encontravam em regiões astralinas diversas, a mãe sofria por não ter notícias dele.);

f) A psicografia - na qual o médium escreve textos ditados pelos espíritos e Entidades ou, então, sob a orientação deles, a partir de idéias básicas que recebe e desenvolve;

g) A de cura - pela qual, mesmo sem incorporar, o médium pode aplicar passes que irradiam energias de cura, bem como fazer projeções de energias curadoras à distância;

h) A que permite falar ou entender línguas estrangeiras - que não são do conhecimento do médium, que é a xenoglossia ;

i) A que permite pintar ou desenhar - sob a instrução de artistas já desencarnados; também chamada de pictórica ou pintura mediúnica;

j) A olfativa - que permite ao médium sentir perfumes e odores de uma realidade não-física;

i) A de materialização -  pela qual os Guias Espirituais e Entidades se utilizam de energias do médium, (ectoplasma), para se materializar diante das pessoas ou para materializar objetos etc. Exemplo elevado é o de Jesus que, entre outros, materializou: pães e peixes para a multidão que o acompanhava; fez surgir uma abundância de peixes na rede dos pescadores; transformou água em vinho, nas Bodas de Canaã.

  
Importante é “incorporar”, (assimilar e aplicar), o fundamento da mensagem, assim como a lição embutida no exemplo de conduta dos Guias Espirituais diante de um consulente ou de um médium “difícil”, buscando analisar o quanto aquilo pode ter aplicação útil em nosso dia-a-dia.
Espiritualidade não é algo para se viver apenas entre as paredes do Terreiro. É algo para vivermos “dentro de nós”, em silêncio, com naturalidade, sem alarde, sem roupa especial, sem dia marcado, sem que ninguém precise elogiar e aplaudir. É um caminho interno, é aprender a olhar tudo com os olhos da alma, porque isso vai nos ajudar a encontrar novas soluções, novas formas de viver e enxergar a vida “lá fora”.
Não tem sentido fazer as coisas para se receber elogios. O essencial é fazermos as coisas em que acreditamos, pelo bem que elas representam. Agir assim nos livra de muitas mágoas, de muitas bobagens... Espiritualidade é algo que nos ajuda a caminhar de mãos dadas com os outros, pelo prazer de ajudar e participar, apesar de sermos diferentes, apesar de pensarmos de forma diferente, apesar dos pesares...
Ser médium é ser veículo, canal, meio de comunicação. Dentro e fora do Terreiro.
Incorporar o Guia não é tudo, é apenas uma parte das infinitas possibilidades de aprendizado que a Vida nos concede, inclusive no campo mediúnico. Portanto, no desenvolvimento mediúnico, não nos preocupemos apenas em girar, em rodar, para “mostrar que o Guia chegou”...  Na verdade, os Guias e Entidades chegam ali muito antes de nós, preparando o ambiente para o trabalho. Bom mesmo será a gente conseguir abrir o coração, para incorporar, (assimilar, absorver), os ensinamentos do Astral e colocá-los em prática.


CONCENTRAÇÃO
A concentração é o ponto chave para uma boa incorporação, que é com certeza a maior dificuldade dos integrantes das reuniões mediúnicas.
A capacidade de controlar, direcionar e manter o pensamento dentro das finalidades da reunião é, para a maioria, um esforço muito grande e que nem sempre dá bons resultados. Não raro os pensamentos se dispersam, fixam-se em fatos do dia-a-dia e acabam por tornar alguns sonolentos, enquanto outros estão distraídos e longe dos objetivos propostos para um trabalho sério. Alguns poucos, então, conseguem uma boa concentração e estes sustentarão os trabalhos programados, porém, sem alcançar melhor produtividade devido aos bloqueios vibratórios existentes no ambiente.
Nos últimos tempos tem-se notado um sensível aumento no interesse por algumas práticas orientais, ressaltando-se a meditação, cujos benefícios estão sendo procurados pelos ocidentais, que despertaram para a necessidade de uma busca interior, ou seja, o autoconhecimento.
A concentração que é praticada nas reuniões mediúnicas, evidentemente, tem conotações próprias e não deve ser tomada aqui como as realizadas nas práticas orientais, embora os aspectos semelhantes nas suas bases, como a disciplina mental, o controle e equilíbrio dos pensamentos. Concentração - Conceito: Concentrar, segundo o dicionário Aurélio, significa "fazer convergir para um centro ou para um mesmo ponto. Aplicar a atenção a algum assunto".
 É exatamente essa capacidade de concentrar nos objetivos da reunião mediúnica que irá favorecer a realização dos trabalhos.


Em "O livro dos Médiuns", o Codificador ressalta a necessidade da concentração ao referir-se à reunião como um ser coletivo, resultante das qualidades e propriedades de seus membros e está tanto mais força terá quanto maior homogeneidade vibratória houver. Ele afirma que o poder de associação dos pensamentos de todos é que contribuirá para a comunicação dos Espíritos, "mas a fim de que todos esses pensamentos concorram para o mesmo fim, preciso é que vibrem em uníssono; que se confundam, por assim dizer em um só, o que não pode dar-se sem a concentração"(Item 331).

A concentração exige um relaxamento e passa por alguns estágios:

1.Relaxamento - O relaxamento do corpo físico serve para preparar e favorecer a calma, a tranquilidade interior.

2.Abstração - Abstrair-se do mundo exterior, de tudo ao seu redor.

3.Interiorização - Fazer silêncio interior, abstraindo-se também dos conteúdos psicológicos (emoções, pensamentos, imagens, lembranças).
                                                                                                  
4.Fixar a mente - A mente se fixa e a atenção volta-se exclusivamente para o objetivo da reunião.

5.Aquietar a mente - Neste ponto a mente se aquieta e, no caso dos médiuns, oferece espaço para a sintonia mental com o Espírito que irá transmitir a comunicação.
A Doutrina Espírita é um convite permanente à transformação moral, levando a um processo natural de auto descobrimento e propiciando condições para a realização desse encontro pessoal. Toda essa mudança, quando ocorre naquele que já interiorizou os princípios espíritas, denota um amadurecimento que favorece a uma nova compreensão da vida e a uma necessidade premente da busca da verticalidade. Quando existe essa conscientização o indivíduo torna-se cônscio de usas responsabilidades procurando, então, adquirir hábitos equilibrados, o que irá favorecer a sua concentração enquanto integrante de um grupo mediúnico.


INCORPORAÇÃO

A palavra “incorporar” tem vários significados:

1- Ela nos dá a ideia de unir, (incorporar alguma coisa a algo que já temos; unir conceitos ou práticas);

2- Igualmente, nos traz o sentido de reunir ou fazer fusões, (de empresas, instituições, etc.);

3- Também a de introduzir, (incorporar um conceito: assimilar e aplicar esse conceito a alguma coisa que já fazemos);

4- E ainda sugere a ideia de dar forma física, forma material ou forma corpórea, (dar corpo).

Na Umbanda, dentro do campo da mediunidade, falar em “incorporação” sugere a ideia de “dar passagem a uma Entidade”, geralmente um Guia Espiritual que vem trazendo uma mensagem de orientação; outras vezes, ocorre a incorporação de Encantados (ex.: a de Crianças) ou a de Naturais (ex.: a do Orixá do médium).  E a vontade de incorporar deixa muitos médiuns angustiados!
Uns, porque temem o fenômeno esquecidos de que, na incorporação o que acontece é uma espécie de união de dois mentais: o do Guia Espiritual ou Entidade e o do médium, que se sintonizam, “unindo” os respectivos campos áuricos (chacras), para que um possa expressar suas ideias e “falar com a voz do outro”- isso, resumindo na forma mais simples.
Mas o que vai “ganhar corpo”, ou “ganhar forma”, é a expressão das ideias do Guia Espiritual ou da Entidade, bem como a energia do arquétipo. Ao incorporar, os Amparadores da Luz certamente que não se apossam do corpo do médium, apenas irão moldá-lo às próprias características, fazendo com que o médium assuma todo um gestual e movimentos de apresentação do arquétipo que representam, (postura corporal, dança, giros, forma de caminhar, ritmo etc.). E aqui se pode, inclusive, distinguir a psicofonia, estudada no Espiritismo, da mediunidade de incorporação na Umbanda. A incorporação é mais do que “falar por intermédio do outro”, pois também envolve que o médium assuma características do Ser que se manifesta por meio da sua mediunidade e não se limita à comunicação com espíritos desencarnados.
Esta sintonia entre entidade e médium se dá através dos Chacras do médium.
O médium e o espírito comunicante entram em contato um com o outro através de seus perispíritos e chacras trocando impressões e sentimentos.

Vamos conhecer os chacras:



                                                          
 As orientações que recebemos na Umbanda através da mediunidade de incorporação são importantes. Contudo, há outras formas de nos comunicarmos com a Espiritualidade e de trazermos esse aprendizado para a nossa vida.
Incorporar, “receber o Guia”, não é o mais importante. Fundamental é que nos dediquemos a assimilar as orientações e os exemplos dos Guias Espirituais e das Entidades que nos amparam, procurando entender-lhes o sentido para aplicá-los em nossa vida diária e ficando atentos para as intuições que eles nos dão, (que podem chegar como novas ideias, como sensações, até como perfumes e odores variados que, de repente, invadem o ambiente etc.).

Saravá nossos guias espirituais!!!!