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domingo, 5 de janeiro de 2014

ORIXÁ REGENTE ANO 2014 XAPANÃ


SOBRE O ORIXÁ XAPANÃ

Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece.     Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.

Detalhes do Orixá:

Saudação: Abao
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho e Preto
Guia: uma conta vermelha e uma preta
Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado, um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo
Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá
Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios.
Ave: Galo Carijó (preto e branco) ou vermelho
Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto

Sincretismo Religioso:

Xapanã Jubeteí: São Roque quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá
Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã
Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá

Os Arquétipos (filhos):

Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos. Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo.

Lenda:

Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Xapanã continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.
Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Xapanã viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Xapanã não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Xapanã entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Xapanã e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Xapanã pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Xapanã, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Xapanã Sapatá e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.
Sua Mãe, Nanã Burukun, abandonou-O na praia quando pequeno por suas feridas em grande quantidade. Xapanã foi recolhido as profundezas do oceano, cuidado e criado por Iemanjá, que fez para Ele uma roupa de palha-da-costa, cobrindo-O da cabeça aos pés. Ficou forte e saudável, porém as cicatrizes nunca desapareceram. Normalmente os filhos deste Orixá são marcados pelo corpo, com pequenas feridas, espinhas, manchas e secreções que assim como aparecem, desaparecem, ficando neste processo pelo resto da vida.




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